Liderança e motivação de equipes são aspectos que dependem de fatores subjetivos e da presença de pessoas que exerçam influência. O autor Idalberto Chiavenato define essa influência como a capacidade de mobilizar as características de seus funcionários de forma a alcançar determinados objetivos.
Há diversas maneiras de se manifestar liderança. No entanto, o que nem sempre é corretamente exposto ou identificado é o conjunto de fatores que agem sobre a produtividade.
Isso significa que, além da presença de um líder, é necessário que um profissional em posição de comando saiba lidar com diversos fatores internos e externos. É dessa relação que trataremos neste texto. Boa leitura!
Entendendo a relação entre liderança e motivação de equipes
Liderar é interpretado no contexto empresarial/corporativo como a capacidade de um profissional tirar das pessoas o melhor rendimento que elas podem apresentar. Essa performance considerada ideal só poderia ser alcançada pela motivação que um líder é capaz de injetar nas pessoas sob seu comando.
No entanto, a experiência mostra que liderar é muito mais do que ser um motivador. Por exemplo, o pesquisador Paul Hersey concluiu em seus estudos que ambientes de trabalho produtivos apresentam três elementos em harmonia: as atividades, as interações e os sentimentos.
Quando um deles vai mal, cria-se um efeito cascata que repercute diretamente nos outros dois. Se alguma atividade é mal executada, as interações se tornam mais tensas e os sentimentos negativos afloram.
Por outro lado, interações desastrosas entre as pessoas podem impactar negativamente a execução das tarefas, gerando sentimentos como frustração e sensação de impotência.
Quando um colaborador está se sentindo deprimido, triste ou com raiva, as consequências desses sentimentos nas interações podem ser muito nocivas, o que também afeta o seu desempenho profissional.
No entanto, não é apenas essa tríade de elementos que faz com que uma liderança seja mais ou menos eficaz. Na verdade, um líder de sucesso é aquele capaz não apenas de motivar, mas também de fazer as pessoas melhorarem seus desempenhos.
Essa melhora acontece quando elas passam a ver claramente o que antes poderia ser mascarado por problemas do ambiente de trabalho ou pessoais.
Ajudando a encontrar razões para acreditar
Um estudo conduzido pelo professor Adam Grant com funcionários de um call center na Universidade de Michigan mostra o quanto fatores externos podem influenciar o rendimento. Os funcionários participantes do estudo eram responsáveis por fazer ligações pedindo doações para financiar bolsas de estudos. Depois de algum tempo, eles puderam ter contato com um dos destinatários das bolsas.
Nessa ocasião, em que os funcionários envolvidos na experiência puderam ouvir do próprio beneficiário que a bolsa de estudos mudou sua vida e todos as benesses que ela possibilitou, uma mudança aconteceu.
Os funcionários perceberam o quanto seu trabalho era importante, e isso os motivou a continuar a trabalhar com mais aplicação. O resultado foi um incremento semanal da ordem de 400% nas receitas geradas por esse grupo em atividades com fins lucrativos.
Outra experiência similar foi levada a campo com um grupo de enfermeiros responsáveis por montar kits cirúrgicos para profissionais de saúde. No estudo, conduzido por Nicola Bellé, os profissionais que puderam conhecer as pessoas que utilizaram os kits passaram a trabalhar 64% mais minutos, com 15% menos erros do que os que não conheceram.
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Qual foi o papel do líder nesses casos? Mostrar aos seus subordinados, por meio de exemplos vivos, a real importância e o sentido das tarefas que eles executam.
A motivação, no caso, surge a partir da identificação de pessoas reais sendo beneficiadas e não de reuniões corporativas intermináveis, exibição de apresentações do PowerPoint ou discursos acalorados.
Essa clareza em expor ao empregado como o trabalho dele é importante é fundamental não apenas no decorrer do processo, mas desde a contratação dos funcionários.
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